Jabes vai mudar a equipe e, se funcionar, vai mudar de opinião sobre a reeleição
Acendeu a luz vermelha no Palácio Paranaguá. A revelação feita ontem pelo sempre bem informado - e respeitado - site Pimenta , sobre os 82 por cento de rejeição do comandante Jabes Ribeiro (leia aqui), deve mexer no tabuleiro político do Palácio Paranaguá. Jabes tem confidenciado a auxiliares mais próximos que errou em algumas escolhas. Algumas escolhas, inclusive, que nem por ele foram feitas mas que induzido por padrinhos e avalistas de peso e prestígio ele não teve (ainda) a coragem de dizer "você não me serve mais".
Pior que muito desses nomes, para agravar ainda mais o quadro, ocupam cargos estrategicamente importantes na estrutura do governo e teriam a missão de alavancar a administração. Jabes precisa - e vai - mudar. Mesmo quando diz que Deus o livre da reeleição e se mostra abatido com a falta de iniciativas do seu grupo político neste seis primeiros meses de gestão, Jabes não está fora do jogo em 2016. Não está, mesmo!
Depende, entretanto, que o governo do estado faça acontecer algumas promessas que ainda não conseguiram sair do papel. Porto, aeroporto, ponte, ferrovia, hospital... e por aí vai. Quem conhece o Jabes que hoje se mostra sem apetite político, sabe que essa sua inapetência pelo poder é temporária. Para a fome voltar, basta o governador Jaques Wagner apostar e fazer. Se fizer, Jabes irá dizer: "se consertei muita coisa e arrumei a casa em quatro anos, quero de você, eleitor, mais quatro para fazer muito mais".
O problema é que a pesquisa que aponta a impopularidade jabista até então jamais registrada num início de administração foi encomendada pelo próprio Wagner, que tem a caneta nas mãos.
Mas que estaria trêmulo demais com os números negativos registrados por seu pupilo.